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Bicicletada de aniversário de 6 anos

Sexta-feira, dia feliz por natureza… dia de bicicletada, melhor ainda! E aniversário da Bicicletada então, nem se fala… e com bonde saindo pra Curitiba então, melhor impossível 🙂

Foi uma das maiores, se não a maior Bicicletada de São Paulo até hoje. Tinha fácil mais de 300 pessoas lá. E várias novidades, como as faixas pra contenção de carros e a inauguração da tão aguardada bicicleta sonora.

Antes do pedal, teve parabéns pra você, bexiguinhas e tudo o mais… muita gente nova, crianças, cachorros! Teve até um discurso rápido da Soninha, que foi pedalar com a gente e convocou os ciclistas a lhe acompanharem quinta até a Band, onde iria ocorrer o debate dos candidatos à prefeitura.

Na hora de escolher o trajeto, foi votado um com várias subidas, mas que permitira que passássemos na frente do prédio do médico pneumologista que foi impedido de estacionar sua bicicleta em seu apartamento. E lá fomos nós… mais de 300 bicicletas “buzinando”, batendo palmas e cantando na frente do prédio, chamando a síndica… “libera a bicicleta! Libera a bicicleta!” Uma cena realmente emocionante. E a síndica apareceu, conversou com a gente… e tivemos a notícia que o médico conseguiu uma audiência com ela e que os moradores estão do lado dele! Mais uma vitória da bicicleta 🙂

Depois disso, fomos até a Sé, onde já virou tradição darmos a volta de bike no marco zero e fazermos massa crítica nas escadarias da catedral. Ver essa cena se repetir com tantas pessoas fica ainda mais bonito de se ver, especialmente ao som de “Invasão das Bicicletas” do grande Plá!

No geral, o percurso, com o número de participantes que tivemos, foi bem tranquilo. Tivemos uns probleminhas, como carros tentando atropelar a massa, gente com problemas nas bikes, pessoas que ficaram pra trás nas subidas, mas no geral, a massa se comportou muito bem, todos empenhados em mantê-la unida, se prontificando a segurar os carros nos cruzamentos, a segurar as faixas… uma grande família.

Na volta, boa parte do pessoal foi embora e alguns ficaram… comeram a torta de banana da Evelyn e cinco pizzas. E logo depois, chega o bumba… quem vai pra Curitiba? Matéria para o próximo post 😀

Pedalar em São Paulo é viável

Como muitos devem ter visto, hoje teve o primeiro debate dos candidatos à prefeitura de São Paulo na Band.

Um dos eventos mais interessantes foi a chegada da candidata Soninha Francine (PPS), que chegou “escoltada” por vários ciclistas, a maior parte deles integrantes da Bicicletada. Atitude elogiada inclusive pela ex-prefeita, Marta Suplicy.

Porém quebrar paradigmas é difícil. Quando o assunto foi comentado pelo candidato Ivan Valente (PSOL),  ele atacou a proposta da Soninha dizendo que bicicleta não é solução e que São Paulo precisa investir no transporte sobre trilhos. Para apoiar uma boa alternativa, ele descartou outra excelente, infelizmente.

Sou completamente a favor do transporte sobre trilhos. A região metropolitana carece de um transporte decente, de qualidade, com maior alcance, seguindo os moldes europeus. Porém, isso não tira a importância da bicicleta e muito menos dos cuidados que os mais de 300 mil usuários atuais da bike precisam para não correr riscos de morte durante suas viagens.

Ainda questionaram assuntos míticos como a topografia da cidade, bem acidentada. Para responder a esse assunto, colo um trecho de um texto da própria Soninha, após pedalar conosco na Bicicletada dessa última sexta-feira:

“Ontem fui à Bicicletada. Provando, entre outras coisas, que não precisa ser atleta para se locomover de bicicleta por aí. Veja o meu caso: 40 anos (a um mês dos 41), sedentária (meu grande exercício é subir escada, porque não tenho saco pra esperar elevador), pedalo uma vez por semana e uma distância curta (casa-trabalho). Mas ontem eu fui da Câmara até a Praça do Ciclista na Paulista (subindo a Augusta), depois bicicletamos pela Haddock Lobo, Estados Unidos, Cristiano Viana; subimos a Teodoro, pegamos Doutor Arnaldo e Paulista, descemos a Vergueiro, Liberdade e fomos (uns cento e poucos, a essa altura) circular em volta do Marco Zero, felizes da vida, e tirar foto nas escadarias da catedral da Sé. Seguimos até o Largo São Bento, São João, Ipiranga e São Luis. Eu voltei pra Câmara e o pessoal subiu a Consolação; uma turma ia pegar um ônibus para participar da Bicicletada em Curitiba!

Eu estava tão bem, tão sem cansaço, que poderia ter pedalado mais uma hora numa boa (foram quase três). E acordei hoje sem um vestígio de dor.”

Fonte: Blog da Soninha

Soninha em sua Dahon

Soninha em sua Dahon

Perceberam? Uma mulher de 40 anos, de porte físico comum, que não pratica atividade física freqüentemente, pedalando mais de 20km com uma bicicleta de baixa performance (uma Dahon Curve), encarando várias subidas (Augusta, Teodoro Sampaio)… disse que conseguiu numa boa e ainda topava mais.

Quem diz que não dá pra andar de bicicleta em São Paulo não sabe do que está falando. Provavelmente nunca andou e tem medo. Aliás, isso só prova que a Soninha sabe do que está falando e não está sendo pragmática como alguns outros.

Se você também tem medo, faça como a Soninha e vem pedalar com a gente… perca o medo, seus preconceitos e se apaixone! Só vai fazer bem para você, eu garanto 🙂